Caixa ALTA e baixa
Entre os alfabetizadores ainda existe a crença de que as letras em caixa alta são mais simples para serem aprendidas e, por este motivo, é oferecido às crianças pequenas este tipo de letra. Entretanto, os resultados indicaram que o envolvimento dos sujeitos no trabalho com a dupla caixa auxiliou qualitativamente o processo de alfabetização. (ABREU e ARENA, 2019).

Aporofobia: Você não conhece a palavra, mas conhece o sentimento, de Blandina Franco e de José Carlos Lollo

Neguinha, sim!, de Renato Gama e Bárbara Quintino
Decisões tipográficas no design para o público infantil
De acordo com Bajard (2012, p. 84-85),
[...] o uso de duas caixas desde o primeiro encontro da criança com o material escrito pode facilitar a memorização do nome gráfico. De fato, a silhueta da palavra, como a vela para o navio, como dizia Alain (Émile-Auguste Chartier, 1978), filósofo francês, é determinante para seu reconhecimento. Portanto, o formato Margarida possui mais traços visuais distintos que o formato MARGARIDA. As letras deste último possuem o mesmo tamanho, enquanto as minúsculas distinguem-se por três classes de caracteres — com haste ascendente ou descendente e sem haste.
"A palavra rosa não é meu nome, porque o meu nome Rosa possui uma letra grande”. Esse respeito ao nome próprio da criança é a principal razão que leva a escolher uma grafia com caixa dupla: letras maiúsculas e minúsculas. De fato, a presença da maiúscula no nome próprio é uma marca da escrita sem correspondência na língua oral. O uso exclusivo da maiúscula, como é praticado tradicionalmente, anula essa característica. Por que escolher uma tipografia — a maiúscula (caixa alta) — na qual não se manifesta essa especificidade da escrita? Vale a pena mostrar à criança que seu nome possui um mérito que as outras palavras da língua não possuem.